sábado, 27 de junho de 2009

de amor, de viver.

Padeço nesse amor
Vivo, me esbaldo, amoleço
Sinto-o queimar em mim, ardo, explodo em gozo
Choro, rio, dou-lhe a mão
Ando por entre, dentro, ali fora
Recito, falo, deduzo, reduzo
Esse amor praticável gira
Canta cirandas, canções de amor
Da alma de poeta ela se estende, pretende, deita
Jogados os dados da sorte, ele ganha, perde
Nesse contexto permaneço, pereço, gracejo
Um beijo, outro, outro
Arrepio, derreto, corro, esvazio
Um mar de fogo, de água
Meu ócio, vício, cio
Minha culpa, redenção
Amor de amar
Amigo, amante, flerte
Um caso, acaso, encontro
Esse amor me cura, me envenena
Essa amor está em mim
Condena, liberta, anestesia
Esse amor é licérgico
É sexo, é prosa, poesia
Um amor oração, acalma, alivia
Mesmo amor se destina,
Quando de tardezinha sento ao pôr-do-sol
E ouço o som da solidão
Agonizo e lembro que ele existe.

domingo, 14 de junho de 2009

Caminho, pólvora e gozo


Aguça-me.
Deleite-me.
Atenua minha vontade.
Meu prazer indomável.
Não me deixa, me consome.
Faz de mim o teu lugar aprazível.
Pega-me nos braços.
E do teu colo, o meu berço, meu amparo.
Entrelaça teus desejos aos meus.
Moldando teu corpo ao meu.
Saturemos nossos corpos.
Sequiosos de desejo.
O suor nos lavará.
E do teu leito o meu leme, do meu mar.



Poesia em dueto: Plínio Gomes e Danielle Freitas

domingo, 7 de junho de 2009

Me tenha

Entre logo quando chegar.
Feche a porta após passar por ela.

Não fale nada, não gesticule, apenas me beije.

Me tome aos seus braços, me deixe sentir seu corpo, seu calor, seu pulsar junto ao meu peito.

Assim, falarás ao meu ouvido, olharás nos meus olhos.

Podes me ter, estou aqui, entregue.

Amando.