sábado, 27 de junho de 2009

de amor, de viver.

Padeço nesse amor
Vivo, me esbaldo, amoleço
Sinto-o queimar em mim, ardo, explodo em gozo
Choro, rio, dou-lhe a mão
Ando por entre, dentro, ali fora
Recito, falo, deduzo, reduzo
Esse amor praticável gira
Canta cirandas, canções de amor
Da alma de poeta ela se estende, pretende, deita
Jogados os dados da sorte, ele ganha, perde
Nesse contexto permaneço, pereço, gracejo
Um beijo, outro, outro
Arrepio, derreto, corro, esvazio
Um mar de fogo, de água
Meu ócio, vício, cio
Minha culpa, redenção
Amor de amar
Amigo, amante, flerte
Um caso, acaso, encontro
Esse amor me cura, me envenena
Essa amor está em mim
Condena, liberta, anestesia
Esse amor é licérgico
É sexo, é prosa, poesia
Um amor oração, acalma, alivia
Mesmo amor se destina,
Quando de tardezinha sento ao pôr-do-sol
E ouço o som da solidão
Agonizo e lembro que ele existe.

2 comentários:

  1. "Choro, rio, dou-lhe a mão
    Ando por entre, dentro, ali fora
    Recito, falo, deduzo, reduzo"

    elegante romantismo
    "quase" uma definião sobre o amor

    poesia linda.

    abraços,

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  2. Belas palavras num belo poema...linhas que vão seguindo nos prendendo...e parece não mais soltar...nos prende...nos cola..

    Ademerson novais de Andrade

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